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Recanto das letras

terça-feira, 20 de junho de 2017

FRAGILIDADE!

 
Até ontem estavas ali, tão linda, oh, flor,
Transpiravas saúde, beleza e cor,
Hoje, ao passar te vejo, jogada ao chão,
Inerte, esquecida, tendo ao lado um botão...

Quando, este belo jardim, ainda enfeitavas,
Mãos, em tua direção iam, inocente pensavas,
Que a intenção seria, somente, acarinhar-te,
Jamais, extirpar-te a vida, sem dó nem piedade...

Resististe bravamente, ao frio que te congelava,
A noite, pelo vento forte, foste fustigada,
Tuas pétalas pendem, a imagem, me é dolorosa,
E, de meus olhos corre, uma furtiva, lágrima...

Ao ver-te assim, tão bela, no estertor da morte,
Sei, que se esvai de ti, a pouca vida que tiveste,
Recosto-te em meu peito, tentando aquecer-te,
Mas, é tarde e só um carinho... Posso fazer-te...


    Lani ( Zilani Celia)

segunda-feira, 5 de junho de 2017

VÁ EMBORA SAUDADE!

Toda vez que de mim se aproxima,
O faz sorrateira,
É dor sem fim, meu corpo castiga,
Me destrói por inteira...

Em meus sonhos, sem dó sapateia,
De meu sofrer, ri zombeteira,
Meus olhos fecha, maldita, cegueira,
Que me condena a ser, de ti, prisioneira...

Tento fugir, de seu jugo covarde,
Fingida, meu sofrer pranteia,
Me deixo abater, já é muito tarde,
É minha algoz e triste parceira...

Quando anoitece, sem dó me tortura,
É madrugada, ela ainda em mim continua,
Minhas lágrimas correm, se perdem na rua,
Vá embora saudade, deixa-me aqui... Só, com a lua...


     Lani (Zilani Celia)