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Recanto das letras

domingo, 25 de março de 2012

MENSAGEM DA VIDA



Na calada da noite,
Mansamente se insinua,
Exalando seu perfume de mulher, nua,
Atraindo a fera que espreita a lua...

E na dança frenética do acasalamento,
Seus movimentos ele sentiu,
O céu caiu...
A lua cúmplice sorriu...

Serpenteando os sentidos,
Abafando os ruídos,
Respirando forte a cada gemido,
Guerreiro entregue, exaurido...

E a sabedoria divina neste momento,
Dá para a vida o consentimento,
Transforma seres em instrumentos,
 É a sequência humana, em andamento...

E no ventre livre da mulher amada,
A semente germinou,
Mestra da vida encantada,
Em seu âmago o agasalhou...

Seu corpo inteiro, já assimilou,
Sente que o fruto vingou,
Transforma-se em amor e coragem,
Trazendo em si... Do milagre da vida... A mensagem...

    Lani

segunda-feira, 19 de março de 2012

A PEDRA



    A grande pedra rolou morro abaixo, foi solta por uma rajada mais forte de vento, ou por uma revolta da natureza, quem sabe... Rolou, feriu, matou, mas ao acabar sua força, ao chegar lá embaixo, estancou, parou e a ninguém mais atropelou.
     Já a outra, a pequena, rola furtivamente, clandestina que é, não para nunca, não perde a força, continua sempre, ferindo, machucando, viciando, matando.
     Ao acordar, o homem, aturdido, sob a chuva, não se reconhece mais, vendo -se naquela miséria absoluta, pensa, “afinal, ainda sou gente ou não passo de um animal?”
    - E agora, o que faço comigo mesmo? A chuva me despertou, me acordou de meu sono  sepulcral e tenho que ver no que a pedra me transformou.
    - Por favor, gritou... Juntem todas as pedras de seus caminhos, as joguem sobre mim, mesmo soterrado por elas, sem respirar não será tão ruim.
     Se fossem pedras de gelo, as veria sumir...
     Se fossem pedras do espaço, as veria uma cratera abrir...
     S e fossem as da vida, as veria alguém ferir...
     Mas esta, a maldita, aprisiona, amaldiçoa, só quer destruir...
     E na madrugada chuvosa e fria, neste momento de lucidez e sofrimento, pensa no que perdeu, a família, os filhos e no que se tornou, um escravo do vicio, sem moral, sem sonhos, e sem vontade de voltar, de retroceder.
     Quase sem forças, chorando, cambaleando, levanta-se e sai a caminhar, descalço, pouca roupa, na chuva... Rogando a DEUS...
     Uma pedra...
     No caminho...
     Para tropeçar, cair e até me machucar...
     Mas que ao de novo acordar, tenha uma mão amiga para me amparar...
     Socorrer e ajudar-me a novamente levantar...

      Lani

segunda-feira, 12 de março de 2012

PARA MEU NETO "PEDRO"



  
     Viajando por galáxias interplanetárias,
     Com seu super-herói preferido,
     Conversando com amigos imaginários,
     Ou apenas, como um anjo adormecido...

     Poderias ser um rei,
     Num castelo de brinquedo,
     Quem sabe aplicar a lei,
     Como um juiz de direito...

     Poderias ser do futuro,
     Brincando de gladiador,
     Quem sabe lutar pela verdade,
     Na figura de um promotor...

     Quero que, sejas apenas tu mesmo,
     Na figura de um lindo menino,
     De Jesus, receber muitas bênçãos,
     E do Pai, um lindo destino...

     Tu és, filho do meu filho,
     Portanto, um pouquinho meu,
     És meu neto querido,
     E por isto agradeço “Obrigada Deus”...

     Lani
                      - Fiz este texto para marcar a passagem dos
4 anos de nosso neto e mais novo membro desta família
que o ama muito.

terça-feira, 6 de março de 2012

NAS PROFUNDEZAS DO AMOR


   
      Quando me entreguei a ti,
      Em bandeja de prata,
      Não te senti...

      Quando contigo sorvi,
      Minha alma, em taça de cristal,
      Nada percebi...
 
      Quando, com meu canto de sereia,
      Para as profundezas do mar,
      Te atrai...

     Quando, como aranha, que a teia tece,
     E com seu veneno deixa a presa, entregue, inerte,
     Te submeti...

    Quando sob lençóis de seda,
    Numa dança, erótica, frenética,
    Contigo me contorci...

    Quando, na noite escura,
    Desvencilhei-me de ti,
    Tuas lágrimas, em minhas mãos enfim, senti,
    Vou embora, não posso mais ficar aqui...
    
    Sou sentimento, pertenço ao mundo.
    Em ti sempre fui um moribundo,
    Quase sucumbi, mas te venci,
    Sou o amor, sou forte, Sou de todos... Sou profundo...

    Lani