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Recanto das letras

terça-feira, 4 de outubro de 2011

MÃE GUERREIRA


     E lá vem ela, ferida, machucada,
     Tem na testa, um curativo,
     O corpo doído, com hematomas, todo marcado,
     Não tem como por todos, não ser notado!

     Mas com dignidade, e cabeça alta,
     Ela vem, enfrentando a ribalta,
     É a artista, a malabarista,
     Se apresentando, no palco da vida.
 
     Quem a vê, hoje na rua, altiva, não compreende,
     Como pode andar assim, depois do acontecido,
     Junto com ele, novamente,
     Se seus gritos na noite doeram, a quem somente os tenha ouvido?

     Pode- se ver que ainda é jovem, e até bonita,
     Enfrentando esta desdita,
     Caminhando ao lado do homem,
     Que ontem á noite lhe causou tanta ferida.

     Na alma e no corpo, está machucada,
     As mágoas, do corpo serão curadas, mas as da alma ficarão para sempre,
     Pois quem lhe causou tanta dor, não foi ele...
     Foi quem ela carregou, por nove meses no ventre!

     Era o filho, viciado, das drogas dependente,
     Que na noite a havia agredido...
     Mas, vai lutar, se preciso for, para sempre,
     Para curar seu filho, para ela um doente!

     Sabe que ainda passará, por isto de novo,
     No dia seguinte, com vergonha, enfrentará o povo,
     Não permitirá que seu filho, seja mais uma estatística,
     E dele ver tirar uma bala do peito, para exame de balística!


                                                                                  Lani

7 comentários:

  1. Olá Zilani,
    Teu poema é tocante e significativo. Gostei muito. Remete-me ao que se vê e ouve-se falar na mídia escrita e falada sobre os problemas advindos da drogadição. Já estou seguindo você, amiga.
    Venha conhecer meu blog. Será um prazer imenso recebê-la por lá. Se gostar, siga-me e deixe um comentário para mim.
    Um beijo,
    Maria Paraguassu.

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  2. Oi Zilani,

    Obrigada pelo generoso comentário no Colheita e por ter permanecido entre meus girassóis.
    Seu poema é triste e forte, infelizmente expõe uma realidade cruel, quisera ser ficção. Também estou te seguindo.
    Girassóis nos seus dias. Beijos

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  3. Mimha linda amiga, que bom que deixou seu suave perfume lá no meu jardim...vim voando...ufa, para deixar um beijo na testa. beijos...

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  4. Olá Lani,
    Teu poema reflete bem a realidade de quem enfrenta tão chocante situação.
    Um abraço

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  5. Oi Zilane,
    Um belo e doído poema!
    Retrata um dura e infeliz realidade.
    As mães são sempre guerreiras. Jamais desistem de
    seus filhos.
    Beijos.

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  6. A triste realidade! Uma situação que sempre nos sensibiliza e diante da qual nem sabemos o que dizer aos pais. Um sofrimento que, para alguns, encontra cura; para outros, termina em tragédia.

    Bjs.

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  7. Oi, Zilane! Seu blog é ótimo, adorei todo o conteúdo. Precisamos de mais vozes se levantando prá todos esses temas. Parabéns.
    Ah, obrigada pela visita, tbém vou te seguir. Bjo

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Beijos, Zilani Célia.